Agora inicio oficialmente a minha colaboração por aqui. Vamos em retrospectiva... Pois bem, primeira escala em Lisboa. Depois de ficar 8 horas brincando de sardinha em lata no vôo TAP0196, na fila da imigração vi as pessoas ilustres que voaram comigo... todos na classe executiva, é claro: o ex-presidente FHC, Luis Fernando Veríssimo, Lya Luft, Ruben Fonseca e vejam só... o querido Roberto Leal (que segundo o Tosca é o Gugu português – total concordo!). Peço desculpas pela ausência de fotos deste incrível momento, mas o nervosismo na fila da imigração bloqueou totalmente o lado tietagem.
Lisboa é linda e os portugueses são super atenciosos. O meu hostel foi simplesmente incrível, café da manhã espetacular e pessoas muito simpáticas. Então, para quem estiver planejando uma visita a terrinha, momento #ficadica: Hostel Goodnight (todas as fotos fazem jus a realidade, ok?).
Vou me deter apenas um episódio para exemplificar a maneira atenciosa dos portugueses e uma das maiores lições de vida que tirei daqui. Pois bem, estava eu com minhas lentes de contato (daquelas que você não precisa tirar dos olhos por um mês!). Enfim, o processo de "instalação" da lente foi tão difícil pra mim que pedi ajuda no Brasil e pretendia nunca mais pensar no assunto durante a viagem... Mas eis que no dia 2 da viagem, resolvo lavar a cabeça e não protejo devidamente os olhos e pum... cai uma lente do olho. Pânico, desespero... começo a ficar meio tonta por não enxergar direito (ok, um pouco de exagero faz parte da narrativa) e eis que me dirijo ao GIL OCULISTA (slogan: "140 anos a olhar por si!") e peço gentilmente um estojo de lentes... e ajuda para tirar a lente que sobrou e colocar as novas.
Enfim, depois de uma espera de quase uma hora (os portugueses não tem pressa de te atender!) me dirijo a sala do oftalmologista. Quando descubro que as lentes deveriam ser tiradas diariamente (para arejar os olhos!) deu um pânico: "Oh jesuis, vou ter que encarar tirar isso todos os dias!!!" Mas aí que o grande oftalmo resolve me ensinar o método "Festinhas e beliscões" para aplicar as malditas lentes. Não se deve encostrar com as unhas, e não pode só passar o dedo sobre lente... é preciso o meio termo entre os dois extremos. Foi definitivamente o meu momento "Karatê Kid" da miopia!
Depois de algumas frases do tipo "Estás a fazer asneira, estás a fazer asneira" e tentar abstrair o fato de eu ter que repetir a operação 5 vezes em cada olho ("Para ver se realmente aprendeste!"), saio feliz e enxergando do consultório. Encontro 3 vezes o oftalmo na rua (sim, Lisboa pareceu mais pequena neste dia!) e todas as vezes me perguntando se estava tudo ok com os olhos... mas depois do método "festinhas e beliscões", colocar a lente é como andar de bicicleta, jamais se esquece!
Tirando isso. Comi muito bacalhau com batatas, sardinhas, vi o Fado, fui na Vida Portuguesa (cairam lágrimas de emoção!) e visitei a Fabrica Features (bem em frente ao Café A Brasileira). Peguei o elétrico 28 incontáveis vezes (tudo pelo prazer de cruzar a cidade), visitei o Oceanário de Lisboa e o Mosteiros dos Jerônimos. Ah, e comi pastéis de Belém, a iguaria doce genuinamente portugesa!
